100 ANOS DE “CLEPSYDRA”, de Camilo Pessanha

Foi em 1920, há precisamente um século, que Ana de Castro Osório viria a publicar, ainda durante a vida do autor, aquele que é o único livro de poesia de Camilo Pessanha: “Clepsydra”.

Fonte: e-Cultura.pt

Principal representante do simbolismo em Portugal, Camilo Pessanha foi um precursor do modernismo de “Orpheu”, influenciando significativamente poetas como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro ou, mais tarde, Eugénio de Andrade.

Com introdução de Helena Buescu (Universidade de Lisboa), as duas edições bilingues de “Clepsydra – A Poesia de Camilo Pessanha” publicadas pela Lisbon Poets & Co. (Português/Espanhol e Português/Inglês) apresentam não só as primeiras traduções integrais da obra poética do autor nessas línguas, mas também a mais recente fixação de toda a sua poesia em língua portuguesa, à luz de documentos entretanto conhecidos pela mão de Paulo Franchetti (Universidade Estadual de Campinas, Brasil), um dos mais reconhecidos especialistas na obra de Pessanha e responsável pela única edição crítica da sua poesia.

Até 15 de Julho, em parceria com um conjunto de livrarias independentes portuguesas e a Livraria da Travessa Lisboa (à qual se associa, para efeitos de divulgação, a rede Livrarias da Travessa no Brasil), vamos deixar aqui um conjunto de vídeos com leituras de poemas do autor em português, inglês e espanhol, assim como algumas considerações sobre a sua obra, pela voz dos tradutores Jeffrey Childs (Jeff Childs), Jeronimo Pizarro e María Matta (María De Las Mattas), da introdutora Helena Buescu, do organizador Paulo Franchetti e do ilustrador André Carrilho.

Os interessados poderão, até 15 de Julho, adquirir qualquer uma das versões bilingues do livro com 10% de desconto (antes €16.80, agora €15.13) e portes grátis para todo o território nacional, bastando enviar um email para uma das livrarias aderentes, cujos contactos indicamos abaixo:

Flâneur (Porto): flaneurlivros@gmail.com
Leituria (Lisboa): livros@leituria.com
Ler Devagar – Livrarias de Óbidosobidos@lerdevagar.com
Letras Lavadas (Ponta Delgada, Açores): livraria@letraslavadas.pt
Livraria Arquivo (Leiria): arquivo@arquivolivraria.pt
Livraria Centésima Página (Braga): livraria@centesima.com
Livraria da Travessa Lisboalivraria@travessa.pt

Livraria Ferin (Lisboa): agenda@ferin.pt
Livraria Ler Devagar (Lisboa): livraria@lerdevagar.com
Poetria (Porto): livraria@poetria.pt
Snob (Lisboa): livrariasnob@gmail.com

Para efectuar o seu pedido, deve indicar no assunto do email a referência “Clepsydra, 100 anos Espanhol” e/ou “Clepsydra, 100 anos Inglês”, deixando os seguintes dados: morada e nome para entrega do livro; nome, morada e NIF para facturação.

A Lisbon Poets & Co. e as livrarias aderentes agradecem o seu interesse. Boas Leituras!

LEITURAS JÁ PUBLICADAS NAS REDES SOCIAIS:

Leitura da Professora Helena Buescu:
https://www.facebook.com/lisbonpoets.co/videos/3195106967178534/

Leitura do Professor Jeffrey Childs
https://www.facebook.com/lisbonpoets.co/videos/273327243901827/ 

Leitura do Professor Paulo Franchetti 
https://www.facebook.com/lisbonpoets.co/videos/636285546960084/  

Leitura do Professor Jerónimo Pizarro
https://www.facebook.com/lisbonpoets.co/videos/4634469356578766/  

Leitura da Tradutora María Matta
https://www.facebook.com/lisbonpoets.co/videos/201936394504712/

Leitura de André Carrilho
https://www.facebook.com/lisbonpoets.co/videos/986657045096177/

Helena Buescu sobre Camilo Pessanha
https://www.facebook.com/lisbonpoets.co/videos/726407734802158/

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Centenário de “Clepsidra” celebrado com leituras da obra em português, inglês e espanhol

Foi em 1920 que Camilo Pessanha publicou “Clepsidra”. Como forma de assinalar os 100 anos da obra do poeta que morreu em Macau, a Lisbon Poets & Co. está a partilhar vídeos com leituras de poemas do autor em português, inglês e espanhol. A editora apresenta as primeiras traduções integrais de “Clepsidra” em inglês e espanhol.

Fonte: Ponto Final, 13 de julho de 2020

André Vinagre

andrevinagre.pontofinal@gmail.com

Camilo Pessanha publicou “Clepsidra” há um século. Foi em 1920 que o poeta, visto como o expoente máximo do simbolismo português, publicou a obra. Agora, como forma de comemorar os 100 anos de “Clepsidra”, a editora Lisbon Poets & Co. está a partilhar, nas redes sociais, vídeos  com leituras dos poemas da obra feitas em português, inglês e espanhol. As leituras são feitas por Jeffrey Childs, Jeronimo Pizarro, María Matta, Helena Buescu, Paulo Franchetti e André Carrilho.

Até quarta-feira, a editora, em parceria com um conjunto de onze livrarias independentes em Portugal e com a rede de Livrarias da Travessa no Brasil, vai partilhar um conjunto de vídeos com leituras de poemas de “Clepsidra” não só em português como em inglês e espanhol. As leituras serão feitas pelos tradutores Jeffrey Childs, Jeronimo Pizarro, e María Matta, pela autora Helena Buescu, pelo escritor brasileiro Paulo Franchetti e pelo ilustrador André Carrilho. “Eu vi a luz em um país perdido”, “Crepuscular”, “Ó cores virtuais que jazeis subterrâneas”, “Fonógrafo” e “Imagens que passais pela retina” são alguns dos poemas lidos.

Com introdução da professora catedrática da Universidade de Lisboa, Helena Buescu, as duas edições bilingues, português-espanhol e português-inglês, publicadas pela Lisbon Poets & Co. são as primeiras traduções integrais da obra poética de Pessanha nessas línguas. 

Num vídeo já partilhado na página da editora, Helena Buescu, professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, descreve a obra: “É uma poesia dramática no sentido teatral do termo. É um teatro não do ser, como dizia Fernando Pessoa, mas talvez um teatro do não ser. Um teatro de pós-vida”. A poética de Camilo Pessanha em “Clepsidra” é a imagem “de alguém que viu passar algo irrepetível”, considera a professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

“Clepsidra” é o único livro publicado por Pessanha e é considerada uma das mais influentes obras da poesia moderna portuguesa. Depois de ter sido publicado há 100 anos, o livro original foi ampliado por João de Castro Osório, tendo-lhe sido acrescentados poemas encontrados posteriormente. A obra final é composta por quatro partes: Sonetos, poesias, versos dispersos e fragmentários; e poemas chineses traduzidos. 

Camilo Pessanha nasceu em Coimbra, em 1867. Lá, tirou o curso de Direito e, em 1894, transferiu-se para Macau, onde foi professor de Filosofia Elementar no Liceu de Macau. Em 1900 deixou de leccionar e foi nomeado conservador do registo predial em Macau e depois juiz de comarca. Camilo Pessanha Morreu em Macau em 1926 e está sepultado no Cemitério São Miguel de Arcanjo.

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Coimbra evoca Camilo Pessanha nos 100 anos da publicação de “Clepsidra”

Fonte: Sapo.pt , 29-10-2020

O centenário da publicação de “Clepsidra”, livro único de Camilo Pessanha, é assinalado na sexta-feira em Coimbra, cidade natal do poeta reconhecido como expoente máximo do simbolismo em língua portuguesa.

Coimbra evoca Camilo Pessanha nos 100 anos da publicação de

“Pessanha é o maior escritor simbolista português”, disse hoje à agência Lusa o professor universitário António Apolinário Lourenço, um dos oradores da sessão, promovida por instituições locais, às 19:00, no histórico Café Santa Cruz.

O especialista em literatura salientou que Camilo Pessanha (1867-1926) “é em larga medida o criador da linguagem poética da modernidade portuguesa”, tendo influenciado Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa e Eugénio de Andrade, entre outros.

Dispersa inicialmente em jornais e revistas e em manuscritos que circulavam entre amigos do autor, a sua obra – e em concreto os 30 poemas de “Clepsidra” – “teve uma importância determinante” para vários poetas do século XX “e mesmo do século XXI”, enfatizou António Apolinário Lourenço.

O livro único de Camilo Pessanha foi publicado em Portugal, em 1920, por iniciativa da sua amiga Ana de Castro Osório, escritora, feminista e ativista republicana, sem a participação direta do poeta, que estava radicado em Macau, onde morreu aos 58 anos e está sepultado.

Camilo de Almeida Pessanha nasceu na Sé Nova, na Alta de Coimbra, como filho ilegítimo de Francisco António de Almeida Pessanha, estudante de Direito, e da sua empregada Maria Espírito Santo Duarte Nunes Pereira.

Na homenagem ao poeta, além de António Apolinário Lourenço, intervêm José Ribeiro Ferreira e A.E. Maia do Amaral, havendo ainda declamação de poemas por Albino Matos, Emília Nave, Francisco Paz, João Rasteiro, Natália Queirós e Rui Damasceno

Vítor Marques, da organização, disse que a iniciativa visa contribuir para que o Café Santa Cruz “retome uma vida quase normal”, no contexto da atual pandemia da covid-19.