Specimen
BATCAVE
Teatralidade, exuberância e experimentação
Tradução de resumo do Capítulo 3 do livro Carnet Noirs, de autoria coletiva
Enquanto uma segunda onda punk, mais brutal que a primeira, arrebenda sobre a Europa (Exploited, Crass, Discharge), uma casa noturna diferente das demais abre suas portas em Londres no final de 1982. A Batcave atrai um público que procura novas sensações e oferece aos artistas loucos demais para as outra casas um pequeno palco onde se apresentar, numa ambientação kitsch e delirante, com dançarindas em gaiolas e DJs fazendo dançar uma clientela multicolorida sob as influências do glam rock, do punk, do disco e do funk. A Batcave se tornou então uma festa que se realizava em diversos lugares, antes de terminar num bar logo que a cena gótico deixou de se interessar por um público limitado.
Para definir o estilo batcave, poder-se-ia evocar um rock tenso que herdou do punk uma loucura e um lado imprevisível, e cujo gosto pela teatralidade muitas vezes chega à experimentação pura e simples, tanto do ponto de vista musical como do cênico. O vocal é geralmente bastante agudo, o visual é propositadamente exuberante, frequentemente inspirado no cinema assustador, com uma queda para a provocação sexual e a androginia. Os sintetizadores perfeitamente integrados a uma instrumentação de rock para conferir um clima estranho e de sons dissonantes a uma música torturante mas frequentemente melódica.
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